Começa no sábado, dia 7 de novembro, às 19 horas, a primeira de 8 lives do Festival Brasil que Lê, uma iniciativa da RNBC para fomentar a leitura e a literatura e divulgar o trabalho das bibliotecas comunitárias.
Vamos celebrar juntos: o Brasil que lê e escreve sua história de muitas formas, o país multicultural de tantas cores e sotaques, a nossa arte, nossa cultura e nossa resistência.
Confira a programação completa:
Live 1: Pedimos licença as mestras e aos mestres, Griôs, xeramõis e cirandeiras da RNBC
Pedimos licença as/os nossas/os ancestrais, nossas/os mais velhas/os, as que vieram antes abrindo caminhos nesta luta pelo Brasil que amamos e lutamos para construir: o Brasil da oralidade, da resistência, o Brasil que lê e escreve sua história de muitas formas. Nosso Brasil multicultural de tantas cores e sotaques. Nesta abertura teremos a benção de mestras e mestres que são faróis para a luta da RNBC e um show de Lia de Itamaracá, trazendo a ciranda como manifestação tradicional de vários territórios em que a RNBC está presente.
Live 2: Movimentos de mulheres e a literatura
A atuação dos movimentos feministas abriu possibilidades e oportunidades para que mulheres, em sua multiplicidade de vivências, pudessem exercer o seu direito de participação política e social de maneira cada vez mais equânime. As bibliotecas comunitárias que fazem parte da RNBC foram iniciativas em sua maioria de mulheres que se dedicaram em transformar seus territórios a partir da perspectiva do direito à literatura e o desenvolvimento de comunidades leitoras. Nesta mesa, teremos três escritoras compartilhando experiências e conhecimentos sobre vida, obra e lutas feministas.
Live 3: 30 anos do ECA e o Direito ao livro, leitura e literatura na primeira infância e na juventude
No dia 13 de junho de 2020 o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) completou 30 anos. A lei tem como objetivo garantir a proteção integral da criança e do adolescente e é um marco legal dos direitos humanos. Entendendo que os direitos fundamentais são aqueles relacionados à vida, saúde, alimentação, educação, esporte, lazer, profissionalização, cultura, dignidade, respeito, liberdade e à convivência familiar e comunitária (art. 4 do ECA). Dentre esses, os relacionados à educação e cultura trazem uma questão peculiar: o direito à leitura e literatura. Assim, como é importante ter uma vida saudável, se alimentar, estudar etc. a leitura literária também é fundamental para o desenvolvimento integral do ser e o exercício da plena cidadania.
Live 4: Vozes antirracistas na literatura
A Lei 10639/2003 vem atender, por parte do Estado, a uma política de ação afirmativa conclamada há várias décadas pelos movimentos sociais negros. A lei é um marco histórico por sua amplitude e o alcance no fomento às políticas étnico-raciais na educação básica brasileira, uma vez que se constitui como um instrumento para diálogos fundamentais na construção social, política e educacional das juventudes. Infelizmente, as ações afirmativas estão sendo ameaçadas pelo conservadorismo e obscurantismo do governo atual. Promover a aprofundar esse debate é urgente, assim como a necessidade de uma reparação histórica. Nesta mesa, contamos com escritoras pretas, militantes e estudiosas que vivenciam e constroem territórios antirracistas.
Live 5: O legado dos povos indígenas nas literaturas contemporâneas
No caminhar do nosso país, os povos indígenas deram o primeiro passo, cultivaram a terra e seguem honrando o mar, os rios e as florestas. Suas histórias passadas de geração em geração enchem nossas bibliotecas de poesia. As crianças se reconhecem e identificam com as raízes indígenas – tão rica, mas tão apagada e usurpada pelo homem branco. Reparação histórica! Reparação histórica! Reparação histórica! Aqui é Território Indígena. Nesta mesa, recebemos escritoras e escritores indígenas de diversas regiões brasileiras dispostos a dialogar com a gente sobre o legado dos povos indígenas nas literaturas contemporâneas.
Live 6: Escrita é poder – Diversidade na literatura
Com quantas mãos se escreve literatura? Quantas histórias e caminhos? Apenas aquelas escritas por homens, brancos, heterossexuais e cisgênero? Que mundo é esse que vemos através das palavras escritas nas poesias e romances? A RNBC quer ver um mundo diverso! E é pensando nesta diversidade que saudamos todas e todes! Que o mundo seja colorido com a palavra poderosa de vocês e que possamos construir uma literatura que retrate tantas realidades presentes nas comunidades em que as bibliotecas comunitárias estão localizadas. Nesta mesa, recebemos estudiosos, militantes e escritores LGBTQIA+, e que falam sobre acessibilidade, para dialogar sobre escritas e leituras diversas.
Live 7: Atravessando pontes, literando cidades: a potência da literatura periférica na formação de leitoras/es
Com as poesias dos seus na mente e a luta no corpo, a literatura periférica foi encontrando vez e voz nas ruas das comunidades. Foi chegando de mansinho, colorindo de arte o dia a dia, a rotina e o trabalho. Slams e saraus foram auto falantes pro mundo ouvir e chegaram nas bibliotecas comunitárias, encontrando ali território para florir. Nossos jovens são potentes em dizer o que sentem e de onde vem, ressignificando seu lugar. Nesta mesa, recebemos poetas e escritores de literatura periférica, companheiras e companheiros das bibliotecas comunitárias.
Live 8: Encerramento com Recital poético + show