Condor: o pássaro literário
Era uma vez um pássaro chamado Condor… Ele vivia no meio de várias espécies de pássaros
diferentes – periquitos, canários, papagaios. Considerado, pelo bando, o pássaro mais
feio. Mas o bando não sabia que o Condor era um pássaro bastante inteligente.
Certo dia, todos voaram em busca de alimentos. O papagaio, o chefe da turma, falou:
– Fiquem de olhos bem atentos para escolher alimentos de boa qualidade…
Cada um encontrou um alimento.
Periquito: – Olha! Encontrei umas sementes.
Canário: – E eu, algumas frutas.
O Papagaio, tagarela como sempre, foi logo dizendo:
– O que você encontrou, Condor?
– Encontrei este objeto…
Todos ficaram espantados! E começaram a reclamar.
– Você só podia ser parente do urubu!
Reclamou o papagaio:
– Onde já se viu pegar algo tão estranho, que não tem sabor, nem cheiro de
comida…?!
O Condor ficou muito triste, pegou o objeto e foi para debaixo de uma árvore. Começou a observar cada detalhe do que estava em suas mãos. E descobriu que o objeto era um livro de literatura, e começou a ler as imagens da história.
Condor: – Que história legal!
A história falava de um rato que morava em uma biblioteca, e em vez de roer os livros aprendia a ler as histórias. Tornara-se um rato sábio.
Todos os dias, o Condor pegava o livro e lia a mesma história. Então, resolveu voar em busca de outras novas histórias.
A turma não gostou nem um pouco de ver o pássaro tão concentrado na leitura. Reuniram-se e decidiram expulsá-lo.
Sem rumo e com o desejo enorme de conhecer outras histórias, Condor foi atrás de um lugar em que houvesse outros “mundos”, e uma biblioteca ele encontrou.
Todos os dias lia uma história diferente… Até se tornar, como o rato da primeira história, o pássaro mais inteligente do grupo. Quem lê, aprende mais. E começou a ter várias ideias.
Ele exclamou: – Todos os animais deveriam ter o mesmo direito de ler essas histórias! E haja conhecimentos…
O Condor começou a levar a literatura por onde passava. Para todos os tipos de animais. Os que moravam na terra, como cachorros, gatos, cavalos… Os que moravam no mar, como baleias, peixes, caranguejos… Os que moravam no ar, como os amigos pássaros de diferentes espécies.
Estava se tornando conhecido como Condor Literário.
Quando voava na missão de levar a literatura como direito, por onde passava cantavam:
“Quando voa o Condor
Com o céu por detrás
Traz na asa um sonho
Com o céu por detrás
Voa, Condor…
Que a gente voa atrás
Voa atrás do sonho
Com o céu por detrás”.
Autoras:
Patrícia Santos e Santos Dantas, pedagoga, articuladora/coordenadora da Biblioteca Comunitária Sandra Martini, integrante da RBCS e da RNBC.