Seminário Prazer em Ler celebra o direito à literatura
Pesquisa e livro sobre bibliotecas comunitárias, literatura feminista, integração latino-americana e cultura da periferia foram destaque em São Paulo
Uma feliz coincidência de datas juntou o XII Seminário Prazer em Ler e o encerramento da Ocupação Antonio Candido no Itaú Cultural em São Paulo. Um encontro cheio de significado para o tema do Seminário – Bibliotecas Comunitárias na promoção do direito humano à leitura – e o pensamento do professor e crítico literário, norte e inspiração do trabalho das bibliotecas comunitárias. Um presente mais do que especial para os integrantes das redes de bibliotecas da RNBC que chegavam a São Paulo na segunda-feira, dia 13, para o início do Seminário no dia seguinte. Encerrada para o público no domingo, a exposição permaneceu à espera da visita de mediadores de leitura de todo o país, que puderam conhecer o acervo pessoal de Antonio Candido e ouvir sobre sua trajetória de vida, contada por sua assistente Walnice Nogueira Galvão e sua neta e curadora da exposição Laura Escorel. O evento foi aberto pelo presidente do Itaú Cultural, Eduardo Saron, com depoimentos de Patrícia Lacerda (Instituto C&A), Angela Dannemann (Itaú Social), Bel Santos (RNBC) e José Castilho.
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Angela, Bel, Patrícia e Eduardo na Ocupação Antonio Candido — Foto: Sheila Signário |
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As Escritureiras de Parelheiros — Foto: Sheila Signário |
Na manhã do dia seguinte, 15, o Sesc Santana recebeu o Seminário Prazer em Ler, abrindo com o cortejo literário Os Escritureiros, aventureiros da escrita de Parelheiros. O grupo de jovens da Biblioteca Comunitária Caminhos da Leitura, da rede LiteraSampa, recebeu o público com seus textos e cânticos marcantes sobre a realidade da periferia paulista.
A acolhida veio com as boas-vindas de todos os parceiros na organização Seminário: RNBC, Instituto C&A, Itaú Social e Sesc São Paulo. Giuliana Ortega, do Instituto C&A, destacou o processo cuidadoso e lento de saída da agenda da educação para a da moda e a construção da parceria com um novo financiador conhecido e alinhado às mesmas causas. O apoio às bibliotecas comunitárias dá mais significado ao programa de incentivo à leitura do Instituto Itaú Social, disse Angela Dannemann, permitindo que se chegue mais perto dos leitores. Ao falar sobre o apoio às redes de bibliotecas, afirmou: “Nosso objetivo é trabalhar com vocês, ao lado de vocês. Temos muitos desafios: discutir como fazer e aprender como fazer. Confiança se constrói, vamos aproveitar a equipe do Programa Prazer em Ler. Ainda temos um caminho muito grande para percorrer: apenas 12% da população tem proficiência em leitura”, destacou. Rosana Cunha contou do desafio do programa de biblioteca itinerante BiblioSesc para levar literatura a quem não a conhece e, por isso, não sente falta dela. Enxerga uma identidade com as bibliotecas comunitárias: “a RNBC tem força e podemos trabalhar juntos, queremos ficar com vocês”. Mara Esteves deu as boas-vindas em nome da RNBC e da rede LiteraSampa, saudando as parcerias e destacando o trabalho coletivo que permitiu a organização de um evento daquele porte em tão pouco tempo.
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Boas-vindas com Mara, Angela, Giuliana e Rosana — Foto: Sheila Signário |
Marcando os 12 anos do Programa Prazer em Ler, o primeiro debate do Seminário reuniu pessoas que acompanharam a trajetória de sucesso do Programa. A educadora Alais Ávila fez questão de lembrar o nome de Áurea Alencar, que liderou o processo de formação do programa em 2006, juntamente com uma equipe de educadores e instituições para criar um projeto de leitura com intencionalidade através de um processo intensivo de formação. Para ela, um marco do programa foi a compreensão de que a leitura literária era o objetivo. “Não é qualquer leitura, é expansão da consciência, de um sujeito capaz de ler criticamente, de se transformar, sem engolir qualquer coisa. Ética e estética são padrões morais que emergem da literatura”, lembrou. Patrícia Lacerda, que acompanha o programa há 8 anos, apontou 5 pontos de destaque do legado para a RNBC: a centralidade da leitura literária, a relação estreita com a comunidade, o ativismo da causa do livro e leitura, a democracia da gestão compartilhada e a formação constante. Narlize Costa, da rede Ilha Literária, trouxe a vivência da prática em São Luís do Maranhão, lembrando como aprendeu a ser mediadora, organizadora, gestora, articuladora, enfatizando o crescimento ao longo das fases do programa. “Hoje sei que temos que falar de igual para igual com o poder público e que precisamos continuar aprendendo para avançar ainda mais”, afirmou.
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O legado de 12 anos do Prazer em Ler — Foto: Sheila Signário |
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Bruninho: biblioteca é ressignificação — Foto: Sheila Signário |
Em seguida, a prática do direito humano à literatura esteve em discussão. O advogado Silvio de Almeida, do Instituto Luiz Gama, lembrou o significado político da leitura como possibilidade de existir de outra forma e de projetar um futuro melhor, particularmente nesse momento, que chamou de crise civilizatória. Bruninho Souza, da rede LiteraSampa, confirmou a afirmativa ao falar da descoberta da literatura negra na sua vida, poder ouvir suas próprias histórias e de como encontrou outras possibilidades de futuro na Biblioteca Comunitária Caminhos da Leitura, onde atua. Para Bruninho, a biblioteca só tem sentido se dentro dela circulam histórias e pessoas, pois é um espaço de ressignificação. “É mais falar de abundância do que de escassez”, afirmou. E essa abundância fez José Castilho, ex-secretário executivo do Plano Nacional do Livro e Leitura, retomar o otimismo de Antonio Candido: nunca desistir de continuar buscando o direito na perspectiva do futuro. Pontuou ainda, o momento atual frente à recente promulgação da Lei da Política Nacional da Leitura e Escrita (PNLE), que irá exigir união e articulação para duas grandes batalhas à frente: a regulamentação da lei até o final deste ano e a construção dos próximos 10 anos do Plano Nacional do Livro e Leitura, no primeiro semestre de 2019. “Precisamos de um novo pacto em torno de um PNLL mais pragmático e objetivo, com metas decenais que sejam nossas bandeiras de luta, já temos instrumentos legais para isso”, destacou.
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Cida, Castilho e Silvio: Direito à Literatura — Foto: Sheila Signário |
A tarde do primeiro dia de Seminário foi dedicada à apresentação de dois importantes marcos da atuação das bibliotecas comunitárias. Na mesa formada por pesquisadores da Unirio, UFPE, Centro Cultural Luiz Freire, Cátedra Unesco de Leitura e representantes da RNBC foram apresentados os resultados da recém-concluída pesquisa Bibliotecas Comunitárias no Brasil: Impactos na formação de leitores. Tema pouco abordado pela academia, os vários aspectos da formação de leitores nas bibliotecas comunitárias ganharam material científico como base de análise, dando visibilidade ao trabalho desenvolvido nesses espaços. Dentre vários dados inéditos mostrados pelas professoras Elisa Machado (Unirio) e Ester Rosa (UFPE), destaca-se o perfil do mediador de leitura e sua importância como ponte entre o leitor e o livro: são em sua maioria mulheres, com nível de escolaridade entre o ensino médio completo e a pós-graduação e metade reside no local onde fica a biblioteca. Foram entrevistados 349 mediadores em 143 bibliotecas comunitárias espalhadas pelo país. Outra novidade foi a participação de mediadores de leitura na coleta de dados. Camila Schoffen, da Redes de Leitura – Bibliotecas Comunitárias de Porto Alegre e Rafael Mussolini, da rede Sou de Minas, Uai, falaram de suas vivências no trabalho de campo. Lúcia Fidalgo, da Cátedra Unesco de Leitura reafirmou a importância da mediação na formação do leitor. O material completo da pesquisa será publicado brevemente, em e-book.
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Pesquisa inédita e relevante — Foto: Sheila Signário |
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Pesquisadores das bibliotecas comunitárias — Foto: Sheila Signário |
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Escritores das bibliotecas comunitárias — Foto: Sheila Signário |
Em seguida, foi a vez de todos conhecerem – todos mesmo, inclusive a equipe que produziu a obra – o livro Expedição Leitura: tesouros das bibliotecas comunitárias no Brasil. Uma equipe de 10 sistematizadores, 3 coordenadores e 1 ilustrador produziu um documento único, primeiro registro completo das aprendizagens mais significativas das bibliotecas comunitárias nos 9 eixos do Programa Prazer em Ler: espaço, acervo, mediação, enraizamento comunitário, gestão compartilhada, comunicação, articulação, incidência política e mobilização de recursos. A mesa de apresentação contou com a ilustre presença do escritor Luiz Rufatto, um dos que inspirou com sua obra a edição do livro em forma de cartas e também escreveu o texto de abertura. A diagramação especial e as belíssimas ilustrações foram o tema de Santiago Régis, que explicou o processo de produção, que inclui cartões postais e um mapa das viagens realizadas entre as redes de bibliotecas, encartados no livro. Os autores Juçara Souza (Rede de Bibliotecas Comunitárias de Salvador), Claudileude Silva (Ilha Literária) e Tulio Damascena (Sou de Minas, Uai) deram seus depoimentos sobre o desafio de organizar tantas informações relevantes, que poderão servir de guia e inspiração a muita gente. O lançamento se desdobrou em festa para todos, animada pela DJ Bia Sankofa e uma grande fila de autógrafos para os autores presentes. O livro terá lançamento em todas as cidades das redes de leitura da RNBC, sendo distribuído para bibliotecas comunitárias, públicas, escolares e institucionais dessas localidades.
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Tulio, Santiago e Claudileude: a produção do “Expedição Leituras” — Foto: Sheila Signário |
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Ruffato e Juçara: inspiração para escrever — Foto: Sheila Signário |
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Festa de lançamento do livro — Foto: Sheila Signário |
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DJ Bia Sankofa animou a festa — Foto: Sheila Signário |
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Slam Letra Preta: periferia em poesia — Foto: Sheila Signário |
O segundo dia do Seminário começou com o impacto de versos fortes do pessoal do Slam Letra Preta, evento de poesia organizado pela Biblioteca Comunitária Solano Trindade, da Cidade Tiradentes, extremo leste de São Paulo. O público gostou e participou.
O primeiro debate enfocou diferentes espaços de leitura, na mesa Diálogos territoriais: leitura como direito. Bibliotecas que em suas diferenças caminham com o objetivo comum de levar literatura a todos os cantos. Cleide Moura, da rede Sou de Minas, Uai, falou da parceria de sucesso e ajuda mútua entre a biblioteca comunitária e a biblioteca pública no município de Betim. Charlene Lemos contou como funciona a Biblioteca Pública Maria Firmino dos Reis, na Cidade Tiradentes, em São Paulo, uma biblioteca cheia de atividades e participação da comunidade, cujo acervo tem foco em direitos humanos. Juliana Santos viu semelhanças entre o trabalho realizado pela biblioteca itinerante BiblioSesc que chega em locais afastados sem opções culturais e as bibliotecas da RNBC. E Marcia Licá deu um panorama do programa Expedição Vaga Lume que ilumina com literatura mais de 100 pontos em 23 municípios da Amazônia Legal, com bibliotecas que tem como prioridade o atendimento à primeira infância.
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Várias formas de ser biblioteca — Foto: Sheila Signário |
Em seguida foi a vez das mulheres, escritoras e feministas, sem papas na língua, que com muita emoção contaram suas trajetórias na mesa: Eu sozinha ando bem, mas com você ando melhor: feminismo e literatura. Elizandra Souza diz que para mudar é preciso ser militante e a militância só sobrevive coletivamente, daí nasceu uma editora para dar voz à produção de mulheres negras. Jeniffer Nascimento foi atrás de um sonho e resolveu se jogar, fazer e não apenas ficar assistindo: “publicar me fez mudar de lugar”, afirmou. Seu livro Terra Fértil foi publicado pela editora de Elizandra. Ambas beberam da fonte do hip-hop e do movimento literário da periferia. A chilena Sara Bertrand, falando da sociedade machista e conservadora de seu país, deu o tom de integração: “a América Latina é a periferia do mundo. Não vamos nos deixar recolonizar”. Emocionou a plateia com a leitura de um texto da poetisa canadense Anne Carson em que falava das “mulheres líquidas” e de sua capacidade de transformar e amar.
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Mulheres, feministas, escritoras — Foto: Sheila Signário |
A menção às nossas semelhanças latinas foi reforçada com a apresentação das bibliotecas populares de Argentina e Colômbia no debate Redes que se entrelazan: (re)encuentros latino-americanos. Bel Santos Mayer, da rede LiteraSampa, que conheceu os convidados num evento literário na Colômbia, foi a responsável por introduzi-los na conversa sobre o processo de promoção de leitura nos seus países. Da Argentina, Javier Areco falou das características das bibliotecas populares e como funciona a CONABIP (Comisión Nacional de Bibliotecas Populares), órgão de apoio do Ministério da Cultura. As bibliotecas surgiram no final do século XIX para combater o alto índice de analfabetismo da população, antes mesmo das escolas, implantadas posteriormente. As bibliotecas são muito heterogêneas e têm autonomia própria, podendo se associar ou não à CONABIP. Para tanto, precisam ter se formado a partir de iniciativa da comunidade e ter constituição jurídica própria, prevista para organizações sociais sem fins lucrativos. Mesmo não associada, a biblioteca popular recebe algum apoio da Comissão, como a cota para compra de acervo na Feira Internacional do Livro de Buenos Aires.
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Juan Marraro e sua biblioteca centenária de Necochea / Javier Areco e a história das bibliotecas populares na Argentina — Foto: Sheila Signário |
Juan Marraro apresentou a Biblioteca Popular Andrés Ferreyra, de Necochea, cidade litorânea da província de Buenos Aires. Fundada há 110 anos, funciona num Centro Cultural que oferece inúmeras atividades, artes plásticas, teatro, música e cinema, além de manter a Biblioteca de Semillas Ciudad Frutal, onde se “emprestam” sementes e plantas. O surpreendente foi a informação de que 80% do orçamento anual é coberto pela contribuição financeira de 1500 associados. Muita gente suspirou na plateia!
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Luiz Carlos Raigoza: bibliotecas de resistência em Medellin — Foto: Sheila Signário |
No contraponto, o depoimento do colombiano Luiz Carlos Raigoza impressionou pelas semelhanças com a situação de violência e abandono das periferias onde estão a maioria das bibliotecas da RNBC. A REBIPOA – Red de Bibliotecas Populares de Antioquia, Medellín, teve origem na resistência político-social. Suas bibliotecas não recebem recursos públicos nem de particulares, se sustentam com recursos dos moradores e de instituições. Luiz se emocionou ao contar que teve sua vida salva pela biblioteca, quando era jovem todos os seus amigos foram vítimas da violência em Medellin. Ele sobreviveu, buscando refúgio na leitura. “A leitura é mais do que literatura, é uma forma de ler o território. A defesa do território não é neutra, as bibliotecas estão do lado do povo, do trabalhador, das crianças e da comunidade”, afirmou.
Diferenças de origem, de cultura, de realidade, que também são comuns na diversidade de nosso país continental, só alimentaram uma certeza: temos muito o que aprender e compartilhar dessas experiências. Esta integração está só começando!
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Marcelino, Noemi, Ikê e Janine: literatura transforma — Foto: Sheila Signário |
Para encerrar o Seminário foi escalado um time de escritores e uma pergunta: Há um poder humanizador na literatura? Marcelino Freire foi logo descontruindo a pergunta, ao dizer que a literatura desumaniza, no sentido de que nos permite cair “na real”, compreender melhor a realidade de uma sociedade tão complexa e muitas vezes hostil. Para o ilustrador Ikê, literatura é ferramenta, é arma para quem vive na periferia. “Desde sempre, o livro tem o poder de propagar ideias”, lembrou. Ele faz isso também, só que através do desenho, que lhe dá instrumento para, mais do que ler palavras, ler o mundo. Noemi Jaffe concorda que a literatura desloca a linguagem, desbanaliza a realidade. Questionados sobre que estratégias sugeriam para incentivar a leitura, Noemi disse que a mediação do livro tem que ser pelo afeto, pela pele e pelo sentimento: “escolham livros que gerem esses sentimentos, é por eles que se desperta o interesse pela literatura”. Já Marcelino Freire acredita que toda criança é um leitor em potencial e se tivermos uma primeira infância respeitada, teremos mais leitores. Acrescentou que uma boa estratégia para despertar o interesse pela leitura é colocar a criança para escrever. E aproveitou para comentar o lugar-comum de que a tecnologia é inimiga da literatura: “A Bíblia já era twitter antes do twitter e Machado de Assis é moderno, usa pouco texto”!
Ao fim, veio a surpresa do belo show do grupo Clarianas no pátio de entrada do Sesc Santana. O frio do início de noite do inverso paulista não interferiu na animação com cantoria e dança. Com certeza, um final feliz para comemorar os dois dias de intensa troca e aprendizado em temas atuais e relevantes.
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As Clarianas que encantaram — Foto: Sheila Signário |
O XII Seminário Prazer em Ler contou com a colaboração de muitas pessoas, desde a ideia inicial até o último detalhe. Deu certo exatamente porque foi um processo coletivo a muitas mãos: das equipes da RNBC, da anfitriã LiteraSampa, dos nossos parceiros Instituto C&A, Itaú Social, Sesc São Paulo, dos apoiadores Instituto Emília, Instituto Goethe, SP Leituras e Sistema Estadual de Bibliotecas de São Paulo. Também tivemos convidados mais do que especiais, pela partilha de suas experiências e conhecimento e atrações culturais que renovaram nossas energias.
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Kiara Terra: apresentadora que contava histórias — Foto: Sheila Signário |
Destacamos ainda algumas pessoas importantes para o sucesso da empreitada. A competente mediação da apresentadora e mestre de cerimônias Kiara Terra, uma contadora de histórias e improvisadora de mão cheia, que encantou e deixou o público sempre bem atento a todas as atividades. Também a equipe do Sesc Santana, pela presteza e atenção com todas as demandas e, é claro, agradecimento coletivo à eficiente e acolhedora equipe de organização e logística, tendo à frente a dupla Léo Dias e Ione Santos.