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A maioria das bibliotecas comunitárias são criadas e mantida pela sociedade civil, com o intuito de ampliar o acesso ao livro e à leitura em determinada comunidade, seus frequentadores são atuantes e participam ativamente nos processos de gestão e planejamento das ações. Foi a essa conclusão que chegou uma pesquisa realizada entre janeiro de 2017 e junho de 2018 em 15 estados e no Distrito Federal.
Os dados foram coletados presencialmente em 123 espaços. Esse estudo mostrou que 86,7% dessas bibliotecas estão localizadas em zonas periféricas de áreas urbanas em regiões de elevados índices de pobreza, violência e exclusão de serviços públicos; 12,6 % delas estão em zonas rurais e apenas; 7% em área ribeirinha; 66,5% das bibliotecas foram criadas por coletivos, grupos de pessoas do território e movimentos sociais.
A pesquisa mostra que os profissionais que atuam nas bibliotecas cumprem diferentes funções: gestores, bibliotecários, facilitadores e mediadores de leitura. Um dado relevante sobre os mediadores de leitura, pessoas que fazem a ponte entre os livros e os leitores, é o alto índice de escolarização entre eles: mais de 90,2% têm ensino médio até a pós-graduação.
Para conhecer um pouco mais sobre o estudo e entender o papel das bibliotecas comunitárias nas periferias do país, a Biblioo conversou com Celina Borges Santos, mediadora de Leitura e voluntária do Rede Baixada Literária, e com Maria “Chocolate”, co-gestora do Tecendo Uma Rede de Leitura e integrante da Rede Nacional de Bibliotecas Comunitárias (RNBC). A entrevista foi gravada na Biblioteca Pública Annita Porto Martins, no Rio de Janeiro.
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